A equipa Jota Sport foi a primeira a cruzar a linha da meta na 82.ª edição das 24 Horas de Le Mans com os pilotos Simon Dolan, Harry Tincknell e Oliver Turvey a alcançar o cobiçado troféu. A vitória, quarta consecutiva na categoria LMP2, é um novo recorde e o terceiro pódio consecutivo para a Dunlop. Apenas os carros equipados pela Dunlop se mantiveram entre os três primeiros lugares da classificação durante as 24 horas da prova.

As equipas Dunlop finalizaram a prova nos três primeiros lugares com três fabricantes distintos de chassis: Zytek, Ligier e Alpine. O carro Ligier JS P2 fez a sua estreia na prova terminando no pódio, o que foi inclusivamente o mais surpreendente. Os três carros têm motor Nissan.
Jota Sport é uma participante habitual nas European Le Mans Series (ELMS) e tem uma longa ligação à Dunlop, competindo nas ELMS com os líderes do Campeonato Thiriet by TDS Racing e Signatech Alpine que finalizaram no segundo e terceiro lugares, respetivamente.
Sob a orientação dos engenheiros da Dunlop, as equipas começaram com uma estratégia prudente devido à quantidade de resíduos na pista, mas em última instância os compostos suave, médio e duro demonstraram ser capazes de fazer turnos duplos, triplos e quádruplos com as condições ideais, ao nível da conceção do carro e das pressões dos pneus.
Crónica da prova
Thiriet by TDS Racing (Ligier) conseguiu a pole mas perdeu a liderança a favor da Jota Sport (Zytek) na volta inicial com o 35 G-Drive Racing Ligier a completar as três primeiras posições. KCMG avançou e depois da primeira paragem nas boxes colocou-se na liderança. A Race Performance reivindicou a liderança até que a Signatech Alpine a assumiu na quarta hora, deixando o seu posto para a G-Drive que se posicionou nas posteriores etapas da prova. Durante essa fase, a KCMG teve um acidente que originou uma falha na suspensão e a sua retirada da prova.
Ainda que as etapas centrais da prova tenham sido relativamente tranquilas para as equipas que conseguiram o pódio, as últimas horas estiveram longe de ser fáceis com uma longa paragem do G-Drive por um problema de travões devolvendo a liderança à Thiriet by TDS. Um pequeno percalço na sétima hora fez a Jota Sport perder posição, mas a equipa conseguiu ascender pouco a pouco fazendo descer a Zytek que terminou na terceira posição. A Thiriet by TDS teve um problema de suspensão que a fez ceder a liderança à G-Drive.
Com menos de duas horas para terminar, Tristan Gommendy da Thiriet by TDS superou o carro da G-Drive conseguindo a liderança, com Harry Tincknell da Jota também a superá-lo e a conseguir a segunda posição. Gommendy estabeleceu a primeira volta mais rápida em 3min 38seg, que lhe foi usurpada por Nelson Panciatici da Signatech restando-lhe outros 0,005 segundos deixando-a em 3:37,787, 0,3 segundos mais rápido que em 2013. O G-Drive viu-se obrigado a entrar nas boxes devido a um problema de motor, acabando-se assim as suas hipóteses de uma posição no pódio. Apesar de necessitar de uma breve paragem de 15 minutos, o carro da Jota, pilotado pelo substituto Oliver Turvey, emergiu acima do Ligier e conseguiu a vitória.
Jean-Felix Bazelin, diretor geral da Dunlop Motorsport Europa:
“Parabéns à equipa Jota Sport. Este ano tivemos uma batalha incrível na categoria LMP2 com uma grande concorrência entre os diferentes produtores. Ter cinco carros distintos numa competição tão renhida como as 24 Horas é fantástico. Devemos agradecer às equipas por trabalhar tão bem connosco. Assistimos a diversos danos nos pneus produzidos pelos resíduos durante os treinos e os nossos engenheiros trabalharam de perto com cada equipa para conseguir o melhor rendimento sem forçar demasiado os limites e oferecer a melhor opção para completar a distância de prova e isso funcionou. Tivemos muito boa resposta das equipas e dos pilotos e estamos muito orgulhosos da nossa gama de compostos que dá opção a amplas utilizações operativas, mas sobretudo rendimento.”