
Ocasião de entrarmos na cápsula do tempo e trazermos em entrevista no 16Válvulas um dos pilotos portugueses que mais de destacou no anos 80/90: Diogo Castro Santos.
Assim vão poder perceber como evoluiu a carreira de um dos elementos da chamada “geração de ouro” dos jovens lobos portugueses desde os primeiros passos num Kart até ao GP de Macau em F3.
Oportunidade ainda de percebermos como era a realidade financeira dos pilotos que lutavam com os grandes colossos das fórmulas de promoção de outros países e de como as empresas portuguesas apostavam em pilotos como Diogo.
No final ficam as explicações , fundamentadas , sobre a decisão tomada após o GP de Macau de 1993 e com a viagem seguinte que o afastou do Desporto Motorizado a favor do Golf nos E.U.A.
Em suma: eis uma importante entrevista que ajuda a perceber a realidade das corridas no séx. XX , mas que nos apresenta um protagonista que ficou para a história e que não deve perder por nada!
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O Diogo Castro Santos, foi um dos 3 melhores pilotos do seu tempo, vencendo varias corridas, no auge da sua carreira na Formula 3 Campeonato da Alemanha, com a VW. o seu rival Pedro Lamy, com um motor Opel e muito mais apoiado. Lamy estava na equipa de Willly Webber, e a guiar o seu F.3 nos limites, foi o Campeao justo. Para o Diogo Castro Santos, foram tempos dificeis, mas fora varias as vitorias que conseguiu nessa temporada, com um memoravel fim/de/semana em Nuremberga, onde ganhou as duas corridas. Castro Santos foi sempre um grande profissional, dentro e fora das pistas, era a sua vantagem. Para um piloto que estava numa equipa oficial em fase de estagnacao, com a Vw a investir muito pouco, e a saber que em Portugal so era possivel haver sponsors para um piloto passar para a F.3000, parar, ou mudar de categoria, seriam as opcoes. Diogo fez o que devia, parou numa altura em que ainda era vencedor, saindo com uma excelente imagem, do desporto automovel profissional. Parabens ao Diogo pela excelente entrevista, e um abraco ao Pedro Lamy, que soube aproveitar todos aqueles apoios para chegar muito longe no automobilismo, embora, mais devido a sua persistencia, do que a falta de ajuda que alguns oportunistas na ocasiao lhe prometeram e o deixaram pendurado. as historias deste tempo sao muitas, e para mim particularmente emocionantes> Foi com o Diogo e o Pedro como pilotos e comigo como Team Manager, que Portugal venceu a segunda Taca do Mundo de Formula Opel. Obrigado ao Pedro e ao Diogo por terem confiado na minha tarefa / numa altura em que os pilotos estavam de relacoes cortadas. Mesmo assim, antes de entrar para o seu carro, na grelha de partida, o Diogo foi ter com o Pedro e desejou/lhe a maior sorte, pois estavam ambos a representar PORTUGAL.Esse Trofeu esteve durante um ano em Portugal. Foi tambem um ponto alto da minha carreira.
Duarte Cancella de Abreu
Grande abraço Duarte. Resumes em poucas frases o mais importante. São muitas as memórias daqueles tempos, mesmo muitas. Não me arrependo nem por um minuto, das decisões que fui tomando ao longo da (curta mas boa) carreira de piloto. Aproveito para agradecer a todos os que me apoiaram e especialmente ao meu Pai. Sem ele a minha vida não estaria repleta de experiências inesquecíveis!
Obrigado.
Diogo Castro Santos